Claro que o seu amor-próprio já tinha sido praticamente aniquilado por ele, porque, quando passas a vida a ouvir que não prestas, começas a acreditar nisso, e quando tudo o que recebes são humilhações, começas a pensar que as mereces. A repetição é a mais subtil das armas psicológicas. Toda esta dinâmica faz com que o medo se instale, comodamente, e nos habite dia após dia. Mês após mês. Ano após ano.
Karla Suáresz, «Esse Estranho Animal»» in Afonso Cruz et allii, Isto não é um conto, Lisboa, Associação Link, 2012, p.73.
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