Livro pop-up de Benjamin Lacombe, que nos permite viajar em algumas das mais comhecidas histórias da literatura infantil. Parece não haver uma versão portuguesa.
Páginas
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
segunda-feira, 3 de março de 2014
Vai-te embora ó papão
Vai-te embora ó papão
De cima desse telhado,
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado
Popular
De cima desse telhado,
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado
Popular
domingo, 26 de maio de 2013
Viajar
Viajar é correr mundo,
voar mais alto que os pássaros
ou pisar o chão da Terra
ou as ondas do Mar Alto...
E ver bichos
de muitas cores e feitios,
montanhas,
rios
e ribeiros
e pessoas
e lugares...
Conhecer e descobrir,
inventar e duvidar,
sabendo cada vez mais,
sem nunca pensar que basta
o mundo que se conhece.
E alargá-lo com amor
dentro de nós e dos outros.
Alves Rdol, Uma Flor Chamada Maria
voar mais alto que os pássaros
ou pisar o chão da Terra
ou as ondas do Mar Alto...
E ver bichos
de muitas cores e feitios,
montanhas,
rios
e ribeiros
e pessoas
e lugares...
Conhecer e descobrir,
inventar e duvidar,
sabendo cada vez mais,
sem nunca pensar que basta
o mundo que se conhece.
E alargá-lo com amor
dentro de nós e dos outros.
Alves Rdol, Uma Flor Chamada Maria
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Sonhar de dia
Aqueles que sonham de dia são conscientes de muitas coisas que escapam àqueles que sonham apenas à noite.
Edgar Allan Poe
Edgar Allan Poe
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Ai Margarida
Poema dito por Sinde Filipe
Ai, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que farias tu com ela?
— Tirava os brincos do prego,
Casava c'um homem cego
E ia morar para a Estrela.
Mas, Margarida,
Se eu te desse a minha vida,
Que diria tua mãe?
— (Ela conhece-me a fundo.)
Que há muito parvo no mundo,
E que eras parvo também.
E, Margarida,
Se eu te desse a minha vida
No sentido de morrer?
— Eu iria ao teu enterro,
Mas achava que era um erro
Querer amar sem viver.
Mas, Margarida,
Se este dar-te a minha vida
Não fosse senão poesia?
— Então, filho, nada feito.
Fica tudo sem efeito.
Nesta casa não se fia.
Comunicado pelo Engenheiro Naval
Sr. Álvaro de Campos em estado
de inconsciência
alcoólica.
O fado, com música de Mário Laginho, interpretado po Cristina Branco e Jorge Palma:
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Feliz ano novo!
⋎´✫¸.•°*”˜˜”*°•✫
..✫¸.•°*”˜˜”*°•.✫
☻/ღ˚ •。* ♥ ˚ ˚✰˚ ˛★* 。 ღ˛° 。
/▌*˛˚ღ •˚ Feliz Ano Novo!˚ ✰✰˚* ˚ ★
/ \ ˚. ★ *˛ ˚♥* ✰。˚ ˚ღ。* ˛˚ ♥ 。✰˚* ˚ ★
..✫¸.•°*”˜˜”*°•.✫
☻/ღ˚ •。* ♥ ˚ ˚✰˚ ˛★* 。 ღ˛° 。
/▌*˛˚ღ •˚ Feliz Ano Novo!˚ ✰✰˚* ˚ ★
/ \ ˚. ★ *˛ ˚♥* ✰。˚ ˚ღ。* ˛˚ ♥ 。✰˚* ˚ ★
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Natal Chique
Percorro o dia, que esmorece
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.
Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.
Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.
Vitorino Nemésio
Nas ruas cheias de rumor;
Minha alma vã desaparece
Na muita pressa e pouco amor.
Hoje é Natal. Comprei um anjo,
Dos que anunciam no jornal;
Mas houve um etéreo desarranjo
E o efeito em casa saiu mal.
Valeu-me um príncipe esfarrapado
A quem dão coroas no meio disto,
Um moço doente, desanimado…
Só esse pobre me pareceu Cristo.
Vitorino Nemésio
domingo, 23 de dezembro de 2012
825. Compras de Natal
São as cestinhas forradas de seda, as caixas transparentes
os estojos, os papéis de embrulho com desenhos inesperados, os barbantes,
atilhos, fitas, o que na verdade oferecemos aos parentes e amigos. Pagamos por
essa graça delicada da ilusão. E logo tudo se esvai, por entre sorrisos e
alegrias. Durável — apenas o Meninozinho nas suas palhas, a olhar para este
mundo.
Cecília Meireles
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
825. Poema de Natal
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes
824. Um Rosto de Natal
Caiu sobre o país uma cortina de silêncio
a voz distingue o homem mas há homens que
não querem que os demais se elevem sobre os animais
e o que aos outros falta têm eles a mais
no dia de natal eu caminhava
e vi que em certo rosto havia a paz que não havia
era na multidão o rosto da justiça
um rosto que chegava até junto de mim de nicarágua
um rosto que me vinha de qualquer das indochinas
num mundo onde o homem é um lobo para o homem
e o brilho dos olhos o embacia a água
Caminhava no dia de natal
e entre muitos ombros eu pensava em quanto homem morreu por um deus que nasceu
A minha oração fora a leitura do jornal
e por ele soubera que o deus que cria
consentia em seu dia o terramoto de manágua
e que sobre os escombros inda havia
as ornamentações da quadra de natal
Olhava aquele rosto e nesse rosto via
a gente do dinheiro que fugia em aviões fretados
e os pés gretados de homens humilhados
de pé sobre os seus pés se ainda tinham pés
ao longo de desertos descampados
Morrera nesse rosto toda uma cidade
talvez pra que às mulheres de ministros e banqueiros
se permita exercitar melhor a caridade
A aparente paz que nesse rosto havia
como que prometia a paz da indochina a paz na alma
Eu caminhava e como que dizia
àquele homem de guerra oculta pela calma:
se cais pela justiça alguém pela justiça
há-se erguer-se no sítio exacto onde caíste
e há-de levar mais longe o incontido lume
visível nesse teu olhar molhado e triste
Não temas nem sequer o não poder falar
porque fala por ti o teu olhar
Olhei mais uma vez aquele rosto era natal
é certo que o silêncio entristecia
mas não fazia mal pensei pois me bastara olhar
tal rosto para ver que alguém nascia
Ruy Belo, Todos os Poemas II. Lisboa: Assírio Alvim, 2004, pág. 1776 e 177 .
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
823. Imortalidade
domingo, 9 de dezembro de 2012
822. Vento
O vento é sempre o mesmo, mas sua resposta é diferente em cada folha. Somente a árvore seca fica imóvel entre borboletas e pássaros
Cecilia Meireles
Cecilia Meireles
821. O Dinheiro não se come
Quando a última árvore tiver caído,
quando o último rio tiver secado,
quando o último peixe for pescado,
vocês vão entender que dinheiro não se come
Greenpeace
quando o último rio tiver secado,
quando o último peixe for pescado,
vocês vão entender que dinheiro não se come
Greenpeace
Subscrever:
Mensagens (Atom)